Ficar fluente em inglês é um objetivos primordiais da maioria das pessoas que almeja ter uma experiência no exterior. Mas e quando fluência ainda não é suficiente? Depois de mudar para a Bay Area devido a uma oportunidade na área de tecnologia, Tâmara percebeu que embora falasse o idioma sem problemas, não era assim tão fácil se comunicar no ambiente de trabalho. Ela fez um curso de inglês de Stanford, diz que vale cada centavo. Confira!
Curso de inglês na universidade de Stanford
Já pensou em fazer um curso de inglês em uma das universidades mais renomadas do mundo? Tâmara Baia que é brasileira e veio trabalhar no Vale do Silício fez o curso Professional English for Non-Native Speakers: The Art of Conversation da Universidade de Stanford e conta em detalhes como foi sua experiência. Segue o depoimento:
O que te trouxe para a Bay Area?
Vim para a Bay Area por causa de um trabalho na área de tecnologia.
Por que optou por fazer o curso de inglês em Stanford?
Quando cheguei, senti dificuldade de me expressar em determinadas situações na empresa. Estudei inglês desde pequena e sou fluente, trabalhei com clientes americanos durante anos. Mas depois da mudança, notei que não conseguia desenvolver minhas ideias tão bem em reuniões.
Como funciona o processo de matrícula?
A matrícula é feita pelo site do Continuing Studies da Stanford.
*Note que não é necessário nenhum teste de proficiência em inglês para se inscrever nestes cursos. Basta entrar no site, fazer o pagamento e realizar a inscrição no curso do seu interesse. No entanto, estes cursos de curta duração não fornecem os documentos necessários para o visto de estudante!
O curso foi pago? Você acha caro?
Achei caro, mas valeu cada centavo! Foi em média 400 dólares, por 10 aulas.
Como são as aulas, metodologia, maturidade dos alunos?
A turma tem entre 15 e 20 pessoas, mas a professora consegue engajar bem todos os alunos durante as aulas. O curso é para quem tem inglês fluente, e nem todos os alunos na minha turma tinham. Vi algumas pessoas desistirem nas primeiras aulas porque tinham dificuldade de acompanhar.
As aulas eram a noite e sempre tinha dever de casa. O curso requer uma apresentação final sobre um tema de escolha do estudante, que demonstre que ele aprendeu a estruturar o discurso e a usar uma boa cadência que facilite a compreensão do seu sotaque.
As aulas tem vários aspectos práticos de pronúncia. A professora faz a gente repetir e treinar várias duplas de palavras que são chatinhas de diferenciar, como “leave” e “live”, só pra citar um exemplo. Ela também demonstra como a melodia da fala ajuda o americano nativo a reconhecer as palavras. Achei essa prática muito valiosa porque, apesar de ter treinado isso no passado, vi que ainda tinha bastante coisas pra melhorar.
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O que você achou do curso de inglês de Stanford?
Aprendi que existe uma estrutura de discurso que é própria de cada língua e as pessoas costumam replicar isso. Acho que o brasileiro tem mais subjetividade na fala que o Americano.
A boa surpresa é que minha professora, Lisa Quijano, entende as diferenças culturais entre várias etnias e isso foi uma revelação pra mim!
Saber falar não é a mesma coisa que saber se comunicar.
A coisa mais importante que aprendi foi a forma objetiva de estruturar um discurso. A comunicação em inglês tem que ser mais objetiva desde o início da mensagem, e eu, acredito que talvez todos os latinos, construímos um discurso quase dramático, onde a mensagem principal só é revelada depois de uma introdução generalista. Depois que aprendi, matei a charada! Por isso eu não conseguia dominar a sala nas apresentações e as pessoas pareciam que não estavam ligando para o que eu falava. Fiquei muito feliz de aprender isso.
Também aprendi sobre o “show and tell” que as crianças fazem na escola desde pequenas. Nesta metodologia, as crianças desde cedo precisam fazer apresentação em público que envolve coisas simples, como levar um objeto e falar para os colegas de turma. Por exemplo, as crianças levam um brinquedo que ganharam e descrevem, falam sobre quem as presenteou, se gostaram e porque. Assim, desde pequenas desenvolvem a habilidade de apresentar e ser objetivos. Isso me ajudou a entender porque tantos americanos tem uma forma de apresentar tão simples e natural.
Para mim, imigrante recém-chegada, tentando me firmar no trabalho, foi um abalo grande. Aprendi e aceitei que a língua materna molda como a gente pensa e também que a experiência social de aprender a língua modela a fluência. Ganhei confiança porque agora eu estava entendo o que acontecia.
Você recomenda o curso de inglês de Stanford?
Recomendo muito esse curso, principalmente para quem quer melhorar as habilidades de apresentação em inglês!
Você fez outros cursos em Stanford além do de inglês?
Sim. Fiz The Science of Willpower, do departamento de psicologia.
Abraços brasileiros calorosos 🙂 Tâmara.
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Tâmera – Muitíssimo obrigada pelo depoimento, desejamos muito sucesso na sua carreira!
Esta pesquisa foi realizada em parceria com as Brasileiras do Vale. Leia mais sobre o projeto: Guia de escolas de Inglês no Vale do Silício e como você pode contribuir!
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Robson,
Este site é em português 😉 Informações sobre o curso de inglês devem ser vistas diretamente no site da universidade.
Att,
Waldana.
[…] Curso de inglês na Universidade de Stanford […]
Oi, sempre acompanho seu site e de tanto acompanhar resolvie visitar San Francisco!rs Estou aqui fazendo um curso de inglês, mas não estou evoluindo como gostaria ou imaginava, tenho nível um pouco acima do intermediário. Alguma sugestão? Só tenho mais 05 semanas aqui e vou voltar bem decepcionado por não ter conseguido melhor muito! Help me.
João,
Quero te conhecer! Que curso você está fazendo? Por que acha que não está evoluindo?
Tenta o curso particular da Converse, tenho certeza que vc vai evoluir rapidinho. A escola fica na Market e tem post no blog sobre ela. Você está fazendo os cursos gratuitos? Indo nos eventos do meetup/ eventbrite?
Um abraço,
Wal.
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